Sem dialogar com os setores sociais da sociedade civil organizada, o governo apresentou na última segunda-feira (05) a proposta de Reforma da Previdência Social, com regras mais rígidas e efeitos danosos no acesso do trabalhador à aposentadoria. No pacote, a exigência da idade mínima de 65 anos para aposentadoria, a alteração no tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos, a equiparação entre homens e mulheres e a exigência de contribuição para os trabalhadores rurais, entre outras medidas. Para o ATENS SN, este formato de mudança na Previdência vem permitir que o país amplie ainda mais as desigualdades sociais, na medida em que retira direitos e aumenta as dificuldades já existentes na vida de trabalhadores do Brasil. Com a justificativa de déficit na previdência e da necessidade em acabar com privilégios, as mudanças anunciadas vão na contramão da necessária retomada do crescimento econômico. Dessa forma, no lugar de debater outras medidas que deveriam preceder a proposta, como a diminuição de juros, o fim da desoneração de setores da economia e realização de reformas que aumentem a arrecadação, o governo utiliza a tática de amedrontar a população e convencer sobre a necessidade de um modelo de reforma perverso e violento. Ao defender um sistema previdenciário que seja público, universal e com controle social, o ATENS SN reafirma a disposição de luta contra este formato de reforma e buscará reforçar formas unitárias de luta para que se restabeleça a retomada do desenvolvimento nacional.
Diretoria do ATENS SN