O acordeão é bastante completo e eclético, permitido a criação de vários arranjos através de seus muitos timbres. Essa versatilidade casa perfeitamente com o ritmo que Ricardo Albino Rambo imprimiu à sua trajetória na UFRGS como técnico em assuntos educacionais.
Mesmo deixando os acordes do instrumento que começou a tocar aos 14 anos somente para momentos com a família – com a parceria musical do filho Paulo Ricardo no pandeiro – e amigos, ele criou um compasso cotidiano à vida profissional cuja fórmula teve como base o olhar humanista, levando uma melodia harmônica aos ambientes por onde passou.
Rambo foi extremamente dedicado aos desafios cotidianos nos 33 anos em que atuou na UFRGS. Natural de Chapada (RS) e morando em Porto Alegre desde 1978, onde se casou com Loiva, graduou-se na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Viamão. Chegou a cursar sete semestres de Teologia na PUCRS, mas, em 1985, desistiu da vida religiosa e da faculdade. Cursou especialização em Gestão de Pessoas e obteve o título de Mestre em Educação pela UFRGS em 2017.
Em 1º de julho de 1985, assumiu no então Setor de Preparo de Pagamentos do Departamento de Pessoal. Também secretariou o Colégio de Aplicação da UFRGS e a Comissão Permanente de Seleção, esta última de 1999 a 2008. Foi secretário do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/UFRGS) de março de 2009 a maio de 2018, onde se aposentou.
Com larga experiência na área de Educação Popular e Movimentos Sociais, Rambo se orgulha de jamais ter deixado alguém sair de um atendimento com dúvida. Um dos momentos mais marcantes foi quando, em 1994, um acidente vitimou 13 servidores da UFRGS que vinham de ônibus de um encontro em Pelotas de volta para Porto Alegre. Ele atendeu todos os familiares, repassando informações detalhadas e fazendo o meio de campo dos encaminhamentos burocráticos necessários.
“Tenho orgulho de ter passado pela UFRGS e sempre sairei em defesa da universidade pública e gratuita”, afirma.
Anahi Fros | Comunicação ATENS UFRGS