Integrantes da diretoria da ATENS UFRGS Seção Sindical participaram nesta quinta-feira (29/05) do Dia de Mobilização pelo Orçamento das Universidades Federais, momento em que a Reitoria da UFRGS apresentou a situação orçamentária no período de 2016 a 2024 e os impactos do regime fiscal no financiamento da educação à comunidade da Universidade.
Em março deste ano, o Congresso Nacional votou pela supressão de um reajuste que ao menos compensasse a inflação, o que, na UFRGS, foi equivalente a um corte de R$ 8,5 milhões. O montante afetou o planejamento financeiro do Ministério da Educação (MEC), inviabilizando algum movimento compensatório. A situação não inviabiliza o funcionamento da UFRGS, mas representa um baque para a necessidade de crescimento e melhorias.
A reitora Marcia Barbosa, abriu o evento relatando sobre um encontro ocorrido em Brasília que reuniu reitores das universidades e o governo federal. Na ocasião, ficou acordada a recomposição do orçamento do final de 2024. Nesta última terça-feira (27), o Executivo anunciou que fará a recomposição de R$ 400 milhões no orçamento de 2025 das universidades e institutos federais de ensino. “É uma vitória? É, mas é como se a gente ganhasse o presente que a gente já tinha ganho em dezembro do ano passado, que basicamente deixa a gente sobreviver por um ano”, avaliou Marcia.
Em seguida, o professor Róbert Iturriel Ávila, da Faculdade de Economia da UFRGS, fez uma explanação sobre o orçamento público, desfazendo mitos prejudiciais sobre o orçamento da educação no Brasil e mostrando, com dados claros, que o investimento é insuficiente.
O pró-reitor da Pró-Reitoria de Planejamento e Controladoria (PROPLAN/UFRGS), Diogo Demarco, falou sobre a trajetória recente das finanças internas da UFRGS. Ele indicou que cerca de 90% dos recursos vêm do Tesouro Nacional e são destinados ao pagamento de servidores, docentes, técnicos-administrativos e inativos. Os cerca de 10% restantes, conhecidos como Outros Custeios e Capital (OCC), são geridos diretamente pela Universidade para manutenção e funcionamento da instituição. Há também uma quantidade referente a valores diretamente arrecadados, os recursos próprios.
Representaram a Seção Sindical na atividade a presidente, Camila Mokwa Zanini, a diretora Administrativa e Financeira, Maria Rita Jardim Hennigen, o diretor de Políticas de Carreira, Felipe Mendonça Scheeren, e a diretora de Política Sindical, Irma Antonieta Gramkow Bueno.
“A iniciativa de abrir o orçamento da UFRGS trouxe informações impactantes, tendo sido fundamental para conscientizar a comunidade universitária”, avalia Camila.

