Um ano após a maior tragédia climática da história recente do Rio Grande do Sul, o Climate Change Summit encerrou sua primeira edição com a formulação da Carta de Porto Alegre, um documento colaborativo com recomendações baseadas na ciência para direcionar esforços na construção de políticas públicas eficazes no enfrentamento da emergência climática. Ele fica como legado do encontro organizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), servindo como base para governos, instituições e movimentos sociais agirem com responsabilidade e compromisso.
Ocorrido nos dias 2 e 3 de maio de 2025, no Salão de Atos da Universidade, o Climate Change Summit reuniu especialistas nacionais e internacionais para debater estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Foram nove palestras principais e nove painéis temáticos tratando de eventos extremos, vulnerabilidades, transição energética, biodiversidade, oceanos, cidades resilientes e governança climática. A ATENS UFRGS acompanhou a programação, a convite da Reitoria, sendo representada pela vice-presidente da Seção Sindical, Clarissa de Lucena Santafé Aguiar. Ela comenta suas impressões sobre a iniciativa:
“Foi ótimo a ATENS UFRGS participar e apoiar esse que se configurou em um grande evento sobre mudanças climáticas, realizado com notório empenho pela UFRGS. Importante a entidade apoiar o esforço desta administração em prover de informações de primeira linha técnicos-administrativos, professores e alunos e, também, abrir o evento, o maior sobre mudanças climáticas ocorrido no Estado, para a comunidade interessada. A emergência climática é real e ainda carece de melhor entendimento de seu significado para todos. Por isso, a relevância deste Summit sobre mudanças climáticas, que trouxe a interdisciplinaridade de assuntos e pesquisadores de várias áreas, mostrando a conexão entre saúde, pessoas, animais, clima, construção, resíduos, meteorologia, hidrologia, entre outras. Devemos estar preparados para os próximos eventos climáticos extremos, compreendendo nosso papel e prejuízos frente às tragédias, como conviver com habitações construídas em lugares inadequados, ou a necessidade de diminuição do consumo de combustíveis fósseis, facilitando a transição energética. Como entidade representativa dos TNS, apoiamos e estamos à disposição para construir uma nova realidade junto com a Secretaria Especial de Emergência Climática Ambiental com a Administração Central”.
Vale destacar que a UFRGS se configura como um dos polos de produção científica mais relevantes do país, não só por atuar em pesquisas sobre os efeitos das mudanças climáticas, como também por ter sido presença ativa na resposta enchente histórica que atingiu o Estado.
Na segunda foto, Clarissa com o marido, João Batista Santafé Aguiar, e Margareth Dalcolmo, pneumologista pesquisadora sênior da Fiocruz.

