Nesta terça-feira (10/12), Dia Internacional dos Direitos Humanos, será instaurada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a Comissão da Memória e da Verdade Enrique Serra Padrós. A convite da Reitoria, representantes da Diretoria da ATENS UFRGS estarão presentes na cerimônia, que ocorre a partir das 10h no Salão de Atos da Universidade.
A iniciativa tem por objetivos reunir, organizar e disponibilizar registros relativos às violações dos direitos humanos ocorridas na Universidade a partir de 1964, quando se iniciou a ditadura militar, até 1988, três anos após o fim do regime autoritário. Em 1964 e 1969, a UFRGS sofreu dois processos de expurgo, nos quais foram aposentados compulsoriamente ou expulsos dezenas de professores, estudantes e técnicos.
A Comissão estará vinculada à Reitoria e seus membros representarão os três segmentos da comunidade universitária. Ao final de dois anos, será produzido um relatório final com a sistematização de todos os materiais e atividades da Comissão, além de um site para hospedar os documentos digitalizados.
O evento iniciará com a nomeação dos integrantes da Comissão: Roberta Camineiro Baggio, professora da Faculdade de Direito e coordenadora-geral, Lorena Holzmann, professora aposentada do Departamento de Sociologia do IFCH e vice-coordenadora, Carla Simone Rodeghero, professora do Departamento de História do IFCH, Cristina Carvalho, professora aposentada da Escola de Administração, Dóris Bittencourt Almeida, professora da Faculdade de Educação, Frederico Bartz, técnico administrativo da Faculdade de Arquitetura, Letícia Wickert Fernandes, graduanda do curso de Arquivologia da Fabico, Maria Conceição Lopes Fontoura, técnica administrativa da Faculdade de Educação, e Regina Célia Lima Xavier, professora do Departamento de História do IFCH.
RECONHECIMENTO A PADRÓS
Professor e pesquisador do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFRGS, Enrique Serra Padrós era especialista em História da América Latina, com mestrado em Ciência Política e doutorado em História, e ativista pelos direitos humanos, tendo dedicado sua trajetória acadêmica à pesquisa sobre regimes autoritários na América Latina. Ele faleceu em 23 de dezembro de 2021, vítima de um câncer.